![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhACczWlMZSAyjXwRYwPvKww0pvI0hHCdUqwdGLzKbu7JZk4Ma7eyTijK5poL5n6076p-1b0-vaTemNwd-wn7a_2ZJVawo3sAB1qnUTaBg5U_obTLYxvHhMHeh2m7pg91jLhcUv-O1oXL8/s400/vazio2-thumb1.jpg)
Solidão que desperta,
Como uma ilha deserta.
Companhia que aparece
De onde ninguém espera,
Felicidade que não desvanece
Mesmo quando o medo se apodera.
Alegria que vem e não vai
Tristeza que teima em querer ficar.
Sorriso que não cai
E que não deixa a lágrima passar.
Nesta vida
Somos pouco, somos nada
Mas nem nos apercebemos,
Achamos que é engraçada,
Mas a graça somos nós,
Que no meio de tanta gente,
Estamos sempre tão sós.
Num planeta nem frio nem quente,
Num planeta em que somos apenas gente,
No meio do imenso vazio que nos rodeia
Que nos rodeia e quem sabe enche a mente.
Uma mente vazia,
Uma mente que é o nosso mundo,
Mas e se a mente nos mente,
Como é que nos aguentamos sem ir ao fundo.
Prisão que é liberdade,
Porque é algo fechado
Que ninguém mexe, ninguém toca,
Tem cadeado.
Mas se não a abrirmos
Se não a soltarmos,
Vamos acabar presos dentro nós.
E para solidão já chega nada sermos
Neste universo imenso,
Imenso e feroz.