Oh dúvidas,
Porque é que existem?
Porquê tanta incerteza,
Porque é que não desistem?
Sempre a baralhar uma pessoa,
Que fica à toa,
Sem saber que fazer,
Sem saber que planear,
Sem saber que esperar,
Sem saber que pensar...
E enquanto os outros andam,
Ali fico eu, sentado, no meu banco,
A olhar, à espera que a dúvida passe,
Que a dúvida me deixe,
Porque se me levanto até pareço manco,
Sem saber por onde ir,
Sem saber como andar,
Por isso mais vale ficar quieto,
Sentado no banco, e esperar...
Esperar que no meio de tanta gente,
Venha, sei lá, uma carta,
Uma brisa, qualquer coisa,
Qualquer coisa que me tente,
Que me liberte, que me esclareça,
Qualquer coisa que eu não me esqueça,
Porque eu quero tudo,
Menos que esta dúvida, esta incerteza,
Fique e não desapareça!