Somos pouco, somos nada...

Solidão que desperta,

Como uma ilha deserta.

Companhia que aparece

De onde ninguém espera,

Felicidade que não desvanece

Mesmo quando o medo se apodera.

Alegria que vem e não vai

Tristeza que teima em querer ficar.

Sorriso que não cai

E que não deixa a lágrima passar.

Nesta vida

Somos pouco, somos nada

Mas nem nos apercebemos,

Achamos que é engraçada,

Mas a graça somos nós,

Que no meio de tanta gente,

Estamos sempre tão sós.

Num planeta nem frio nem quente,

Num planeta em que somos apenas gente,

No meio do imenso vazio que nos rodeia

Que nos rodeia e quem sabe enche a mente.

Uma mente vazia,

Uma mente que é o nosso mundo,

Mas e se a mente nos mente,

Como é que nos aguentamos sem ir ao fundo.

Prisão que é liberdade,

Porque é algo fechado

Que ninguém  mexe, ninguém toca,

Tem cadeado.

Mas se não a abrirmos

Se não a soltarmos,

Vamos acabar presos dentro nós.

E para solidão já chega nada sermos

Neste universo imenso, 

Imenso e feroz.

Importância da vida...

Hoje lembrei-me deste meu cantinho, ja não vinha cá há muito, vou tentar voltar a escrever mais regularmente!

A importância que a vida tem,

E às vezes parece que não...

Somos apenas alguém,

Que vivemos à procura de uma razão...

Não damos, talvez, valor,

Fazemos coisas sem pensar,

Mas quando vem a dor,

Já de nada vale remendar...

É com os erros de que aprende,

Mas e se for um erro,

Daqueles que não há quem remende?

Se não houver solução?

Se tentar outra vez não for opção?

Porque tudo pode acabar num segundo,

Tudo pode desaparecer,

Não vamos querer a escuridão de ir ao fundo,

Se é a luz que nos faz viver.

Vagueando pela escuridão do coração...

Vagueando pela escuridão

Sozinho, com o coração na mão,

A vida por um fio,

Como água que acaba num rio...

Suspiro fundo,

Tento me acalmar,

Parece que vai cair o mundo,

Nem sei onde me segurar...

Não vejo uma luz,

Nada me ajuda,

O sofrimento não reduz,

Nada nesta noite muda...

Continuo a esforçar-me,

À espera que o fim seja feliz,

Mas a espera parece matar-me

Desta vida sou apenas um aprendiz...

Como barco que flutua

Tu falas, eu oiço,

Tu calas, eu adivinho,

Tu sorris, eu me alegro,

Tu choras, sinto-me sozinho.

Acordas, torna-se dia,

É mais um, desta vida,

Vida minha, vida tua

Tão frágil, como barco que flutua.

Onda, tempestade,

Quase que viram a vontade,

Sol, horizonte,

Não há mal que me amedronte.

Um olhar, um silêncio

Um abraço, um sentimento

Conforto, alegria,

Adormeces, vai-se o dia.

Chega a noite,

A lua aparece,

Fica calma e sossegada

Esta vida, quando escurece.

Fica vazia e sozinha,

Perdida e desesperada,

Uma vida, no escuro

Sem estar iluminada...

De volta...

Bem a vida não tem sido fácil,

Ando sempre ocupado

Mas esqueci-me de como escrever é bom

Esqueci-me de como me mantém iluminado!

Já não escrevia

Desde o outro dia,

Não, foi mais que isso

Já não escrevia há muito,

A minha vida tem  sido um rebuliço...

Não sei se ainda aí estão,

Não sei se ainda cá vêm ler,

Mas digo-vos que é uma boa razão

Esta de eu não puder escrever.

É o tempo que me falta,

Ou a imaginação que se gasta,

Estou sempre com a malta

Ou a estudar, porque não, ainda não basta...

Mas tudo se consegue

E eu adoro escrever

Para o blogue, para mim ou para quem me segue

Vou fazer o blog reviver!

Se ninguém o ler?

Olha paciência, eu cá escrevo na mesma

Nem que seja só para espairecer!

Saudades...

Saudade,

Uma palavra,

Tanto significado,

Tanto peso, tanto sentimento,

Tudo tão aglomerado...

A única coisa que quando vive nos dá tristeza

E que quando morre nós faz feliz,

Não há momento de maior beleza

Do que quando adeus à saudade se diz!

É um sentimento que faz sofrer,

Mas que é bom existir,

Porque só quer dizer,

Que temos alguém por quem sorrir!

Que há alguém que nos espera,

Que está longe mas não se esquece,

Alguém que desespera,

Quando a nossa presença desvanece!

Medicine, that's how it begins!

(Há muito tempo que não venho cá, é verdade... Mas o tempo tem sido pouco...)

Um sonho, tornado realidade,

Uma vida, mudada num instante,

Uma criança que de repente muda de idade

Um adolescente que se torna brilhante.

Quando se consegue o que sempre se quis

Não há palavras para descrever a alegria,

É um sentimento que não se descreve, não se diz,

Simplesmente se sente, dia após dia...

E eu sinto-me assim, feliz!

Porque concretizei o meu sonho,

Alcancei algo tão esperado,

Algo tão desejado!

E agora tenho que aproveitar,

Noutra terra, noutro lugar,

Tenho que viver e aprender!

Descobrir a ser eu,

Descobrir um sonho que é meu...

Tenho que desvendar esta nova vida,

Descobrir como é que tem que ser vivida!

Porque é assim que crescemos,

É assim que nos apercebemos,

Que já somos alguém,

Longe da nossa família, da nossa casa...

Comigo a saudade vem...

Mas é uma saudade que só faz bem,

Uma saudade boa, 

Que quando volto a Lisboa,

Me faz querer abraçar,

Agarrar sem largar,

Aquelas pessoas que sempre me esperam,

Aquelas pessoas que sempre lá estiveram!

E cá, aqui...

Aqui neste novo começo,

Onde ninguém conheço,

Começam a aparecer, 

Aquelas pessoas que não estavam, mas vão estar...

Começo a conhecer,

Aqueles que me vão acompanhar,

Aqueles que já não me vão largar!

E é assim, neste misto de saudade

E nova amizade,

Que eu começo a caminhada pela Medicina,

O curso que mais fascina,

O curso que a mim mesmo prometi,

E não foi só a mim, 

Foi também a ti (obrigado avó),

E a todos aqueles que acreditaram,

Que me apoiaram,

Aqueles que nunca puseram o meu sonho de lado,

Um muito obrigado!

Dúvidas, incertezas...

Oh dúvidas,

Porque é que existem?

Porquê tanta incerteza,

Porque é que não desistem?

Sempre a baralhar uma pessoa,

Que fica à toa,

Sem saber que fazer,

Sem saber que planear,

Sem saber que esperar,

Sem saber que pensar...

E enquanto os outros andam,

Ali fico eu, sentado, no meu banco,

A olhar, à espera que a dúvida passe,

Que a dúvida me deixe, 

Porque se me levanto até pareço manco,

Sem saber por onde ir,

Sem saber como andar,

Por isso mais vale ficar quieto,

Sentado no banco, e esperar...

Esperar que no meio de tanta gente,

Venha, sei lá, uma carta,

Uma brisa, qualquer coisa,

Qualquer coisa que me tente,

Que me liberte, que me esclareça,

Qualquer coisa que eu não me esqueça,

Porque eu quero tudo,

Menos que esta dúvida, esta incerteza,

Fique e não desapareça!

É preciso saber...

(Tirada em Sesimbra, dia 16/08/2012)

Para que vale a pena viver,

Se não temos que comer?

Para que vale a pena viver,

Se não temos por quem sofrer?

Para que vale a pena viver,

Se não temos medo de algo perder?

De algo, de alguém,

Para que vale a pena viver,

Se não vivermos bem?

Não digo bem no mundo,

Mas pelo menos bem com o mundo...

Posso não ter tudo,

Posso não ser o mais sortudo,

Mas pelo menos sou feliz,

Sou feliz e estou bem,

Mas de vez em quando, tenho medo,

Tenho medo de perder alguém,

Tenho medo de ficar sozinho,

Tenho medo, do medo...

Mas ter medo faz bem,

Porque é por ter medo que somos cuidadosos,

É por ter medo que pensamos,

É por ter medo que evitamos...

Mas medo a mais também faz mal,

Não podemos querer viver no banal,

Às vezes é preciso não ter medo,

É preciso ter coragem,

É preciso saber lutar, saber gritar,

É preciso saber, mas não demais,

Só o que é preciso,

Não saber para onde vais,

Mas saber que vais com um amigo!

E às vezes sei,

Outras vezes não,

Umas vezes tive medo, pensei,

Outras não, arrisquei...

Mas afinal isso é a vida,

Saber o certo e o errado,

Saber escolher um lado,

Saber fazer o mais acertado!

E se nos levam sem querermos,

Seja alguém, ou seja a nós,

Se nos levam sem percebermos,

Seja não conseguir falar, ou ficar sem voz,

Se nos levam sem merecermos,

Temos qye ser fortes,

Saber que quem foi, 

Ainda cá está,

Ainda para cá olha,

Ainda de mim toma conta,

É preciso saber viver,

É preciso saber o que fazer,

O que escolher,

É preciso saber.

(Foto tirada no Algarve, em 27/08/2012)

Há muito tempo que aqui não venho

Mas tempo, também não tenho...

Peço desculpa a quem cá vem

Que chega aqui e para ver, nada tem...

Mas sabem como é,

Férias, férias e muito passear,

O computador não anda sempre ao pé,

E a internet não está em qualquer lugar!

Mas voltarei com mais frequência,

Pode ser que ainda se preocupem comigo :b

Não quero desiludir a minha audiência,

Não quero desiludir nenhum amigo :D